História de um empoderamento

Estávamos no fim do Verão. Apareceu pela primeira vez chorosa, perdida. Vi-lhe um potencial incrível, afogado na grande dificuldade em pensar sequer em deixar a vida complicada onde nascera, mas a que claramente não pertencia.

Passaram-se oito meses. Nesses oito meses terá tido meia-dúzia de sessões comigo ou menos, e que grande revolução!

Tem crescido a olhos vistos. Está mais bonita, mais vistosa, o discurso seguríssimo, poderosa.


 

Hoje vinha de unhas vermelhas, camisola rosa-amor-próprio, bem-disposta.

E que lhe aconteceu? Decidiu cuidar de si! Aprende tudo o que há para aprender de crescimento pessoal, faz formações e terapias. Escolheu-me para lhe cuidar do corpo e do que acontece quando o faço.

Descobriu o seu propósito na vida e qual o caminho, mas em simultâneo tem mantido um cordão a prendê-lo ao passado (a resistência à mudança é uma força poderosíssima, que só determinação, a paciência e a perseverança podem vencer).

Hoje senti que já só um ligeiro fio a prende ao passado. Uma vez cortado, que mulher incrível vai surgir (ainda mais incrível)! Tenho para mim que o cortámos hoje. Será?

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Mas toda esta história quer somente dizer que crescer está nas mãos de cada um de nós. É irmos em busca daquilo que precisamos, agarrá-lo e praticá-lo. Isso passa por cuidar do corpo, da mente e das emoções. Por abrir o coração a novas ideias e aprendê-las. Por pedir ajuda e por fazer o que tem que ser feito a sós. Por nunca desistir!

Dizia-lhe eu hoje que já é uma honra cuidar dela, mas daqui a algum tempo serei uma vaidosa dizendo. “Estás a ver a A? Tão linda e incrível! Faz massagens comigo.” Adoro ser merecidamente vaidosa.

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