A minha primeira consulta de Astrologia

Ontem, último dia de Júpiter em Aquário, dei a minha primeira consulta de Astrologia remunerada!

Não foi de propósito, foi uma oferta do Universo, como vem acontecendo há alguns anos, desde que me predispus a seguir os seus convites em vez de lhes resistir.

C começou a ter sessões comigo há muito pouco tempo. Daquelas bem completas, que envolvem muita conversa, massagem e que durante a massagem conduzem a insights, ou a cura de feridas, com ou sem a ajuda de técnicas meditativas regressivas.

Na sessão anterior, sendo ela Capricórnio, tinha-lhe falado entusiasmada no convite à mudança que nos está a ser pedida a todos e com particular ênfase às pessoas deste signo e, durante estes meses, muito particularmente a tudo o que diz respeito a relacionamentos, dinheiro e valores de todo o género.




Ela perguntou-me se lhe queria falar do seu mapa na sessão seguinte.

Claro que sim. Faço-o tantas vezes! Há anos que uso esta ferramenta para ajudar no meu trabalho, só nunca o fiz isoladamente porque tenho sido apenas uma estudante de Astrologia.

Preparei cuidadosamente a consulta. Que ser incrível eu tinha ali entre os olhos! Fiquei tão feliz por poder oferecer-lhe uma visão tão ampla dela própria.

É que nós todos sabemos muito pouco a nosso próprio respeito. E a Astrologia, antes de mais, auxilia no auto-conhecimento e depois, em cada momento, pode falar-nos nos desafios e oportunidades que nos estão a ser colocadas. Dessa forma podemos entender melhor o que se passa e decidir colaborar, ou não colaborar.

Tal como não faz muito sentido irmos apanhar sol num dia de chuva, ou sairmos de sobretudo com 30º de temperatura, também não faz sentido insistirmos em coisas que ao longo do tempo nos deixaram infelizes.

A Astrologia pode ajudar a explicar que é mesmo assim, que aquilo não é para nós; ou que precisamos de procurar outras formas de agir. Pode falar-nos dos nossos talentos, das áreas onde as coisas são naturalmente fáceis e daquelas que sendo difíceis são para desenvolver, pois são chaves para o crescimento.




Durante cerca de duas horas viajámos entusiasmadas entre as vivências que ela me ia contado e os desafios e oportunidades que eu via no seu mapa. E tudo se encaixava tanto!

Ela só não sabia que era rica. E é rica! Tem tantos e tantos recursos. Ela sabia sobretudo das dificuldades, que também as tem e muitas.

Vi-a naquele mapa como alguém cheio de recursos mas “proibida” de os usar.

A velha história tão conhecida da maior parte de nós: Está quieta; não faças isso; meninas bonitas não são assim; olha a tua irmã tão bonita e tu tão feia. Queres ser isso quando fores grande? Nem penses, isso não dá dinheiro…

E assim as meninas e meninos que somos nos vamos perdendo de nós próprios, cada vez menos felizes, em vidas cada vez mais sem sentido, e por vezes com doenças a surgirem, muitas e muitas vezes com o comprimido por perto.

Foi isto que lhe contei: És rica, nasceste para ser “Rainha”, senhora do teu destino e ajudares com mestria outros nos seus próprios caminhos; precisas apenas e só de assumir o teu poder, de seguires o teu coração, os teus talentos, o que te chama; de decidires ser tu quem te aprova, quem te valida, em vez de continuares à espera da aprovação dos outros. Ires mesmo com medo.




Quando acabámos e me preparava para lhe dar uma massagem percebi a minha própria “loucura” de querer ser perfeita e resolver todos os problemas de uma vez só.

Ela já tinha tido um incrível mergulho em si, terminada essa sessão eu estava claramente cansada, como ainda lhe dar uma massagem? Não seria isso exigir-me demasiado?

Ninguém se entrega assim tão sem limites como eu, é das coisas que sei necessito corrigir.

Disse-lhe, ela concordou, disse-me que tinha ido ali mesmo só para ouvir o que eu tinha para lhe dizer e que foi muito. E assim ficámos mais um tempo em conversa e mais nada. E assim, sem querer, dei a minha primeira consulta de Astrologia. 

Maravilhosa maneira para mim de me despedir de Júpiter em Aquário, o signo ligado à Astrologia, que cada vez mais quero desenvolver como forma de auto-conhecimento e de serviço aos outros.

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