De tartaruga a lebre

Fui buscá-lo ao comboio. Vinha com um ar desanimado, lento e meio cambaleante.

Perguntei-lhe o que se passava. Que quase não podia mexer o braço esquerdo, por causa do rato.

- O esquerdo? – admirei-me.

- Sim, o direito doía-me tive que começar a usar o esquerdo. Agora doem-me os dois.

- E estás com desequilíbrios?

- Não. É dos pés. Doem-me os pés.




Lá o cuidei o melhor que soube. No final dei-lhe boleia para Lisboa. Convidou-me para uma café. Enquanto caminhávamos reparei que agora o passo já era ágil, além de estar bem disposto.

- Parece que já andas melhor.

- Pois é, a culpa é tua – riu. – Quando é que vens outra vez?

Tem cerca de 80 anos e há dois ou três que faz massagens, mais ou menos uma vez por mês, isto é, sempre que vou à Grande Lisboa.  Mas agora já não fazia há mais de dois meses.

Ao fim de algum tempo de se cuidar comigo disse que andava mais bem-disposto, mais leve, com menos dores. E assim acontece quando se faz Massagem Intuitiva Holística regularmente (ou qualquer massagem que olhe o equilíbrio global da pessoa e que também escute o que ela tem para dizer). 

Mas é preciso um cuidado regular para que o equilíbrio se mantenha e sobretudo quando a idade avança, ou quando o corpo ou a mente são particularmente desafiados.

Também eu não dispenso a minha massagem mensal.


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